Alvo Santo Antônio
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Dividindo (semana 10/05 a 16/05) "A Natureza das Coisas"

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Mensagem  Rafa Ter maio 12, 2009 1:39 pm

A natureza das coisas


Desci para o jardim do prédio onde moro com a intenção de ter um tempo com Deus e deixar minha tartaruga no sol (necessário à saúde de sua carapaça). Chamaram-me mais a atenção, no entanto, dois pássaros que estavam próximos de mim. Não sou exímio conhecedor de pássaros, não consigo definir qual a espécie deles. Sei que tinham a cabeça amarela com um traço forte na cor preta no meio e o corpo rajado nestas mesmas cores. Se tivesse que dizer qual tipo de pássaro, arriscaria pica-pau. Apesar de as cores serem diferentes das do desenho tradicional em azul e vermelho, o movimento que faziam com a cabeça lembrava muito o “topete” do personagem infantil, além da posição de um deles em uma árvore. Tranquilamente, movimentavam-se de um lado para outro, vez e outra voavam e voltavam, procuravam algo para comer no chão e nas árvores.

Após pensar um pouco, constatei que eles agradavam a Deus. O que me levou a pensar isto? Acontece que eles faziam aquilo para o qual foram criados – comer, voar, reproduzir e cantar – e faziam com toda naturalidade.

Meditando um pouco mais, vi que nós, seres humanos, também fomos criados para fazer algo específico e que agradamos a Deus quando o fazemos. O que é? Adorar, sendo mais específico, a Deus! Desde muito cedo aprendemos a adorar e ainda crianças passamos a gostar um pouco mais de bola ou de boneca, respeitadas as devidas diferenças. Quantas vezes falamos “adoro isto”?

O resultado de o mundo ir de mal a pior e de estamos inquietos em nossas vidas de uma ou outra forma é porque adoramos a coisa criada no lugar do Criador, diferente do previsto inicialmente pelo Pai. Dedicamos tempo e atenção muitas vezes mais ao time do coração ou ao carro do ano, mais ao vestido visto no shopping ou no guarda-roupa da amiga, mais à mulher bonita ou ao homem que trás segurança, mais a um monte de coisas, pessoas ou situações, do que à Deus. Salomão, o homem mais sábio da Bíblia, filho do rei Davi, chama a tudo de futilidade, vaidade, distração e engano. (Indico leitura do livro de Eclesiastes)

Mas porque somos assim? Porque o mundo nos faz assim desde que nascemos. Paulo reconhece que a humanidade toda vive isto escrevendo,


“(...) contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se esvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, (...) pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador (...)” Romanos 1:21-25

Acontece que nos tornamos cristãos e o Espírito Santo que habita em nós exige o lugar de Deus na nossa vida (Tiago 4:5) e nunca seremos realizados enquanto não mudarmos a situação. Como mudar, então? Paulo, mais uma vez, nos ensina no mesmo livro de Romanos:


“(...) irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1,2) (grifo meu)


Temos a resposta para nossa busca maior. É ruim, mas a verdade é que quando decidimos não adorar a Deus, estamos assumindo que queremos adorar algo ou alguém no lugar dele. Quando adoro? Ao cantar as músicas na reunião? Não! Adoração é antes de tudo um estilo de vida (João 4:24). É fazer a vontade de Deus em cada uma das situações. É questionar a cada momento “o que faria Jesus?”. Apesar de diferentes maneiras, assim como os pássaros, temos a oportunidade de adorar a Deus. E assim como eles seremos felizes apenas se cumprirmos este propósito.


Como anda sua vida, quem e/ou o quê você tem adorado?


Fica o desafio da transformação diária da mente para se aproximar à de Cristo.
Rafa
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